Um desses fatos está representado na foto escolhida para este dia dos pais: Eu tinha, então, 22 anos e estava gravidíssima (8 meses de gestação), e ele estava com 78 anos de muito vigor e sabedoria. Esse dia é inesquecível pra mim, pois marca a aproximação que ganhei com meus pais com a maternidade.
Como toda criança, tive o pai herói... Tive também o pai que não deixa nada, na adolescência... Mas foi com a maturidade que nosso amor deixou de ser fantasioso e infantil e se tornou real e capaz de ser posto à prova. Foi a partir deste momento, que vivi com meu pai experiencias profundas de amor e companheirismo.
Dois anos depois dessa foto, ele foi diagnosticado com câncer. O susto e a dor nos tornou amigos de fé, confidências, orações, músicas (no metrô, no carro e na quimioterapia) e amigos de vida, e para a vida.
Os últimos quatro anos de vida do meu pai foram intensos e reais. Ele nunca desistiu da fé. Me deixou um legado que dinheiro nenhum no mundo pode comprar: o valor da vida com Cristo.
A sua vida não foi perfeita. Cometeu erros graves, e me confidenciou alguns. Mas em tudo o que dizia, expressava sua gratidão a Deus pelo perdão e pelo amor que Ele, sendo tão grande e perfeito, demonstrava por nossa família, mostrando Seu cuidado pelas gerações.
Há quase 3 anos ele faleceu. Na verdade, como ele mesmo dizia, foi "promovido".
E, embora a saudade aperte vez ou outra, neste dia dos pais, carrego no peito a alegria e a satisfação de ter sido filha do sêu Siló, homem simples e muito feliz.
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