Em minha vida, é muito comum que os dias comecem bem, e terminem mal. O contrário também o é.
Dias em que acordo disposta, animada e esperançosa... que se transformam em tardes e noites exaustivas, tristes e mortas.
Aquele típico dia em que a noite é a fuga perfeita, e o sono, o alivio menos tóxico...
(...)
Mas no meio dessas variações climáticas de minhas estações, pequenas brisas tornam a difícil tarefa de viver mais amena.
Vem em forma de uma mensagem virtual e sincera; uma ligação doce e tranquilizadora; um filme antigo e genial; um recado despropositado e legal (deixado semanas atrás) que hoje faz sentido e faz sorrir...
Pode ser uma memória guardada, uma gentileza inesperada, uma palavra amada, uma foto engraçada ou, a enfim compreensão da piada já contada.
Não é à toa que essas brisas passam por nós... Não é em vão que passamos o que, por nós, ninguém pode passar.
A instabilidade do dia depende muito mais de quantas brisas sou capaz de sentir, do que, efetivamente, se elas existem e têm algum poder sobre o meu tempo.
A passagem, fria ou quente, dos momentos vividos, não deve ser medida em termômetros de meros gostos. Se assim for, nunca haverá um sentimento amenoso...
Entre tempestades e bonanças, entre sorrisos e prantos, há de se ter (sempre) um punhado de amor bom e boas lembranças.